quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Ser ou não ser?

Tenho um texto meu Manifesto aos Militares , onde já afirmei que prefiro a participação dos militares, e seus valores patrióticos, na política do que no governo. Talvez se tenha perdido muito da honradez moral devido ao pragmatismo de sobrevivência imposto às FFAA desde FHC. Talvez. O silêncio imoral nos causa essa dúvida. Prudencia ou imprevidencia? Existe um botão de dane-se?
Não possuo credenciais para defender um governo de exceção, pois nele acaba por imperar um autoritarismo necessário para se estabelecer o controle pela imposição (não necessariamente o uso) da força das armas. Mesmo que não haja sangue, esses sistemas não poderiam se estender sob o imenso risco de os mesmos acabarem por criar seus monstros particulares nos subterrâneos do poder (tipo Mengheles da vida), pois independente da intenção fim, os meios para se chegar podem ser capengas. Em teoria uma intervenção se resume em tamponar o comando da nação até que se realizem novas eleições. Como no país da eterna teoria do tudo que é nada, nada me faz acreditar que seja assim breve.
 

Contudo estamos num impasse. Ser ou não ser a favor de uma intervenção mesmo estando conscientemente defendendo, ainda que particularmente até este momento, uma filosofia alinhada a um Estado mínimo e regulações econômicas que permitam o livre mercado, mesmo que tenha em mente muitas preocupações quanto a pobreza, geração de oportunidades, uma educação universal livre de doutrinas e mesmo um tema sensível como a preservação do meio ambiente? Uma tentativa de politica econômica liberal com uma boa dose de conservadorismo do que é bom, ou ainda serve aos bons propósitos.

Minhas crenças precisam ser contrapostas neste momento. Encontro-me lutando contra meus próprios valores a fim de não me arriscar numa luta inglória. Prego a liberdade e poderia apoiar uma ação que pode suprimi-la? Contra mim existem inúmeras evidencias de que qualquer defensor da liberdade de pensamento, pode estar prestes a ser derrotado. Pode ser questão de poucos, ou mesmo muitos meses, mas a tendência política aponta numa direção autoritária, ou ao menos hegemônica, sob o manto democrático das liberdades individuais.

Posso escolher ficar lutando bravamente junto a colegas alinhados e corajosos, e acreditar numa possível vitória milagrosa, ou pedir que resolvam por nós esse impasse. Também posso ser otimista e acreditar que os erros cometidos pela arrogância do "já ganhamos" cometidos pelos 'velhos novos' donos do poder bastam para lhes tolher a vitória quase alcançada. Também existem gatilhos já disparados que podem mudar os rumos previstos. talvez a pressão popular não se traduza em renuncia ou deposição de um governo estelionatário, mas possa criar repulsa permanente em conceitos hegemônicos e autoritários plantados e regados há tempos.

Quase? Sim, estavam quase lá, criando a hegemonia tão desejada, mas alguns heróis de ocasião criaram condições para a virada. Joaquim Barbosa e todos que colaboraram para o relatório do Mensalão iniciou um processo que agora abraça o juiz Sérgio Moro.
Tivemos sorte deles serem tão brucutus na sanha pelo dinheiro ilícito. A lição do mensalão não impediu os demais sistemas de espoliação de crescerem em escala nunca vista. Foi tão escancarado que não houve como conter. Esse foi o grande erro que imputo à arrogância. E também a nossa sorte. A publicidade dos grandes números envolvidos saiu do controle do jogo do mais ou do menos corrupto para se escandalizar a população esclarecida, e alguns incautos, a um nível superior do esperado. Por fim a contabilidade de altos níveis acabou por sensibilizar a grande massa, e amenizou a manipulação da opinião publica que utilizava a polarização da politica entre somente 2 caminhos muito conveniente ao lulopetismo: "Todos somos corruptos, mas votem no PT porque ele botou comida na mesa do pobre. Não votem no PSDB porque ele governa para as elites". O PT conseguiu unir o povo em torno de uma idéia, como tirar o mesmo do poder. Está por ensinar que elites já não são mais um ente abstrato, mas sim os mesmos novos ricos no poder.

E também temos a grande evidencia da fraude criando um clima de ilegitimidade a este governo já tão ilegitimo por inúmeras outras razões.
Muitas e muitas evidencias de fraude em urnas pipocaram esparsas, mas cheguei a conclusão de que eram apenas cortina de fumaça para o ato mais suspeito a ser escamoteado por essa cortina de fumaça, a contagem secreta dos votos para a presidência em sala fechada com apenas um comandante e uma testemunha.

Temos um governo ilegítimo, mas não por ser apenas subserviente, mas mais grave, sócio fundador de uma entidade de caráter político internacional com objetivos políticos totalitários para toda a América, e se isso não basta para ilegitimar, sob a nossa própria lei, esse governo ainda conseguiu que se utilizasse a empresa VENEZUELANA Smartmatic para coordenar a contagem sistêmica dos votos que presta serviço em quase todos os países, agora governados por partidos membros do tal Foro de SP.
 

Eu já vinha publicando em redes sociais há mais de 1 ano fatos e reportagens internacionais que demonstram os inúmeros furos na segurança das urnas Diebold. Não só as mesmas abrem janelas perigosas para fraudes como foram combinadas com o sistema da Smartmatic, empresa que foi banida dos EUA por não possibilitar a menor segurança na contagem dos votos. Nenhum país com democracia consolidada utiliza um sistema com tamanha insegurança e falibilidade. Para colocar a cereja no bolo, "coincidentemente" o ex advogado do partido foi o responsável pelo comando da apuração secreta e fechou a mesma para qualquer testemunha durante a famosa virada da governista que perdia por larga margem.
 

Mas porque então o PT tomou um samba nos estados sob o mesmo sistema e não reclamaram de fraudes? Porque as pesquisas apontaram números que corroboram o resultado? Respondo com outra pergunta: conhece algum supositório que seja envolto de areia?
 

A grande sacada é utilizar a própria democracia como forma de criar hegemonia.
Pesquisas que erraram feio no primeiro turno de repente acertam na mosca quando é preciso. Ora, idiota não sou, e você? Percebam a sutileza do que quero comentar, de que não existe debate ideológico no Brasil, existe apenas a retórica de quem é mais ou menos capaz para criar programas de Estado/Governo (juntos e misturados assim como requer o autoritarismo) como solução de todos os problemas do país. O Estado é vendido como a solução de todos os problemas do povo sendo que ele na verdade só se mostra como o pior inimigo do mesmo, lhe devolvendo serviços péssimos, com raras exceções.

Não acusarei partidos sem saber, mas na minha percepção, independente da cumplicidade de opositores de fachada, ou não, essa situação hegemônica da esquerda tradicional não é conveniente para a democracia. O populismo é uma ideologia pai que abriga todos os seus filhos, sendo os mesmo socialistas ou não, mas no nosso caso todos os filhos resolveram se unir na esquerda e dominar a política para sempre. Não existe pensamento que não precise ser refinado por sua oposição, mas isso não ocorre aqui. Campo perfeito para que um partido apátrida como o PT criasse seu sucesso baseado na mentira, no peleguismo e no pragmatismo corrupto de unir Collors e Lullas no mesmo balaio e ter como oposição partidos que se dizem mais radicais, ou menos intervencionistas, porém todos embalados na mesma papelaria.

Mas o que achamos não importa, pois quem divulga noticias para a grande massa já está sob as rédeas do pensamento hegemônico, sejam por estarem aparelhados em suas redações, seja por serem devidamente seduzidos pelas verbas publicitarias do cabresto econômico governamental. Exemplo bom? As manifestações de finais de semana que contaram com quase 10x mais pessoas do que divulgado e a desproporção da cobertura com a marcha dos vermelhos no meio da semana (trabalhadores certo?). O porque assistimos as incontáveis vezes que insistiram em rotular manifestação contra o governo como apenas voltados para a intervenção militar, sem mencionar qualquer outra faixa ou grito por justiça para os incontáveis crimes lesa pátria que estão praticando sem cessar. Mas ainda tudo isso pode ser prematuro sob o ponto de vista legalista que precisa esperar o judiciário regular nossas pautas. Ou defender que algo que seja feito de imediato para quem já se preocupa com o tempo jogando a favor do governo estelionatário. Sim não falamos sobre os correios e nem sobre as mentiras, nem sobre todo o aparelhamento indecente.

Enfim, por mais que alguém tente juntar todas as peças o tabuleiro fica confuso, e é aí que reside a esperança desses conspiradores sórdidos, que tudo seja tão nebuloso que pareça mesmo uma teoria da conspiração. Uma tacada de mestre. Assim como a diabetes, essa doença totalitária evolui silenciosamente pelo nosso corpo brasilês até que esteja pronta para nos colocar na UTI da democracia.
 

Assim firmo minha questão: sendo contra governos de exceção, como posso pedir uma intervenção sob o risco da perda de controle? Mas também sabendo que já estamos atingindo um grau relativamente alto de um governo de exceção já instalado no poder, como posso não desejar que sejam destituídos de seus poderes centrais de onde comandam o jogo de cena da democracia de mentirinha?

Não tenho resposta. Talvez você leitor, a tenha. Podemos divergir neste caso, talvez seja apenas questão de tempo, mas tenha certeza, concordamos em centenas de outros pensamentos anti totalitários que preciso que estejamos todos lutando com as armas certas nos momentos certos. Tudo a seu tempo, mas todos juntos numa só voz! Fora PT, fora hipócritas, fora ditadores fingidos, pois saberemos responder se jogarem na UTI nossas liberdades individuais. Mirem-se no exemplo dos heróis venezuelanos que estaremos no caminho certo. Duvido que nossos protestos pacíficos sejam hostilizados pelos nossos militares, e acredito que ainda venceremos essa horda de canalhas quando menos esperarem.

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