quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A hora de mudar é agora!

Compareci ao Largo da Batata ontem para somar minha voz aos muitos que foram, mais por estarem fartos da mentira, da hipocrisia e do crime institucionalizado como política de Estado, do que por serem militantes de partidos. Claro que o PSDB e o Solidariedade, e personalidades do PV deram suporte ao evento, mas conversando com inúmeros participantes notava-se que o que os motivava estar ali era a esperança de mudar. Famílias, idosos e jovens vibravam muito pelos gritos de mudanças e de protesto. Rancor e ódio? Só os canalhas podem afirmar isso.
Sentia-se a indignação no ar. Ecoava o grito de quem cansou de ouvir acusações levianas e ficar calado. Mãos ao alto clamavam por liberdade e justiça, não por mais favores de Estado. Era a praça dos indignados que se levantaram para dizer que não, não somos idiotas nem separados por negros e brancos, por classes nem por gênero, somos um povo só, de alma cansada de ser enganado, somos unidos neste grito pela nossa dignidade, para tomar de volta o futuro para o bem, para a lei, para a fé e para o progresso de nossa bandeira.
Sabemos que muitos desse povo ainda se escondem sob o peso do medo, reféns das ameaças covardes propagadas a céu aberto pelos comitês petistas e sem a devida punição pelo tribunal eleitoral. Ameaças essas, registradas e denunciadas em vários estados, que sequestraram covardemente a liberdade de escolha destes humildes. Por mais que sejam criticados por sua covardia ou pela sua ignorância, o verdadeiro vilão continua sendo a propaganda covarde do partido governista.
Nosso país está caminhando para as trevas, nosso governo chafurda em tanta lama que nem podemos processar em nosso cérebro como fazer para dizer um basta! Corremos a denunciar em nossos teclados, publicar textos e denúncias em vídeos, mas preciso alertar que estamos muito próximos de uma quebra institucional se a mudança fracassar.
A hora não é para depois, é agora! Militem a favor da liberdade, contra essa ditadura enrustida! Pelos nossos filhos! Pelos nossos netos! Vamos comparecer as ruas, vamos pedir votos, convencer os indecisos e omissos, vamos tomar de volta nosso futuro, nosso país, nossa liberdade!
Que os ventos da liberdade soprem nossos corações! A partir de hoje até o domingo próximo, vamos as ruas para trazer de volta a razão e a esperança, pelo voto. Agora é Aecio!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A tempestade perfeita da eleição

Admiro o candidato Aecio Neves, como seu avô está destinado a habitar as principais páginas da história. A conjuntura eleitoral deste 2014 pode ser comparado à tempestade perfeita onde todos os fatores que podem contribuir para o fenômeno se fazem presentes criando uma tempestade de proporções gigantescas.
Aecio pode não ser o candidato ideal de muitos eleitores, mas está numa posição excepcional neste segundo turno por ter conseguido se promover como a melhor alternativa de mudança onde concorreu principalmente com Marina Silva, a quem ultrapassou numa arrancada de última hora. Sua condição invejável neste segundo turno se deve a pluralidade dos segmentos que aderiram a sua campanha após sua conquista. Considerado uma opção liberal por muitos esquerdistas radicais, ou sejam simplesmente cínicos mesmo, e conservador demais para os defensores de maior liberalismo econômico ou que defendem um Estado mais eficiente e menos intervencionista, Aecio conseguiu a proeza de unir essas diferentes visões políticas em seu apoio. Para explorar um pouco melhor a conjuntura de forças que estão formando esta tempestade perfeita temos alguns exemplos a expressar-se como forças antagônicas com propósito único de defenestrar essa quadrilha do poder central e periférico.
Muitos reacionários (O significado original, referente ao radical da palavra, indica que reacionário é todo aquele que reage) que estão indignados com os rumos bolivarianos que estamos perseguindo neste governo sob a batuta do Foro de SP (saiba mais aqui http://tinyurl.com/pu3tlks/), meu caso particular, são eleitores órfãos da direita clássica que deixou de existir quando o PFL se tornou DEM e aderiu ao pragmatismo vendido de apoio ao status quo, assim como o PMDB. Esses "reaças" (acho o termo muito pertinente) sem partido estão conseguindo cada vez mais simpatizantes às suas teses do que os esquerdopatas de plantão poderiam desejar. Quando ouvem um discurso de que o melhor programa social é um emprego, ou que onde o capitalismo deu certo, foram realizadas naturalmente as maiores distribuições de renda já registradas na história mundial, esses "donos da verdade" e "monopolistas da virtude" tem chiliques esquizofrênicos e começam a destilar todo seu fascismo doentio. Nada mais sintomático para demonstrar qual o sentido de democracia que possuem, participativa para todos só até o limite de seus interesses.
Reaças embalados na campanha de Aecio ao lado de militantes da esquerda tradicional é um fato marcante, e para aumentar o improvável, o candidato conseguiu até seccionar o PMDB governista, nos autorizando pressupor um possível governo tucano no Brasil a partir de 2015. Nada mais pragmático por parte de um partido como o PMDB de se dividir, para permanecer unido ao próximo governo, mas mesmo assim é um movimento que não deixa de somar votos na oposição, desgostando o governo.
Ainda mais quando estudamos o cenário partidário no seu espectro ideológico, percebemos que, com boa vontade, identificamos partidos que oscilam do centro para a esquerda radical. Assim somos um país capenga, sem oposição de verdade pois todos seriam apenas mais do mesmo. Nesta falta de oposição ao modelo petista, e com o estabelecimento de uma hegemonia socialista, também a partir de uma tempestade perfeita da esquerda, não houveram suficientes políticos com a coragem de se identificar com a direita, que acabou demonizada sem defesa. Culparam a tal direita de todos os males, e nossos pensadores liberais (de verdade) mais brilhantes faleceram. Ficamos assistindo a construção do pensamento único, o politicamente correto apoiado pela patrulha ideológica de setores importantes como imprensa e meio artístico cuidavam de qualquer Regina Duarte que ousasse sair da linha do trem, que saiu de Frankfurt e fez uma parada na Itália dentro da cela de Antonio Gramsci. Dentro dessa hegemonia, a arrogância dos vitoriosos os levou a um espólio tão nefasto do Estado, que em conjunto com o fracasso econômico e administrativo do governo atual, incapaz de solucionar as mazelas de setores básicos como transporte, saúde e educação, deu início ao movimento de reações espontâneas (mesmo que encabeçadas por movimentos cúmplices do governo) em junho de 2013 que permitiram o fortalecimento do pensamento reacionário (agora a direita que reage, finalmente).
Não podemos esquecer que recebendo todo este amplo leque de apoios, estão os tradicionais tucanos que se identificam com a esquerda da social democracia que originou o partido. Esse pensamento de esquerda um pouco menos radical é considerado uma aberração pela imensa maioria de militantes da esquerda socialista, sendo assim rotulados como uma direita, em seu espectro peculiar de ver o mundo.
Dentro desse posicionamento, seria imprevisível uma candidatura abraçar tanto seguidores da Rede e do PSB, muitos oriundos das fileiras petistas, do PPS e demais partidos que possuem seguidores um pouco menos stalinistas e ainda receber apoio de alguns pensadores de esquerda que já foram petistas de primeira hora. Acredito que muitos destes militantes da esquerda que hoje estão com Aecio, perceberam os erros cometidos pela ganancia desmedida, pela convicção da vitória e da hegemonia que seria liderada pelo PT, e na sua esteira estariam as "oposições" coniventes que hoje já não se contentam em ser coadjuvantes, e não formam mais fileiras nesse projeto de poder. Não podemos esquecer que democracia, para a esquerda do Foro de SP, é um meio para se chegar ao fim. A única lógica invertida deles é que o pensamento hegemônico agora chega antes do final totalitário pretendido pelo socialismo.
Vejo algumas dissonâncias entre esses conjuntos, mas entre os acordes fora do tom cordial, todos se unem em torno da ideia de libertação desse poder corrompido e pútrido. Além disso aderiram ao conjunto muitos daqueles que não acreditam nem em conspiração socialista, nem em liberalismo, mas sim no resgate simples da ética e da moralidade perdidas num mar de lama infinito. Claro que sabem que não existe cura imediata, nem garantias eternas, contudo pior do está só se houver convulsão social. São eleitores desconfiados de todos os tipos de promessas de um mundo melhor prometidos nas campanhas, mas resignados com o possível, dentre o imperfeito (talvez sejam os que mais representam o motivo da formação desta "tempestade"). São eleitores com o claro objetivo de alternar o poder vigente por serem contra o estado de irracionalismo que atingiu a corrupção e a mentira, e esses podem se situar em qualquer espectro ideológico. Enfim, dessa união de forças consonantes e dissonantes entre si, formou provavelmente a maior "tempestade perfeita" de caráter eleitoral já vista na nossa recente história desde 1989.
Podemos dizer que seriam ventos que sopram em direções opostas e acabariam por terminar num pequeno vendaval, mas resolveram soprar juntos para o mesmo lado e estão perto de conseguir derrubar a muralha do medo e do terror construída com a ajuda da cumplicidade bolsista de muitos incautos que não sabem nem onde fica a Venezuela, nem quem são jovens estudantes venezuelanos mortos pela "democracia" bolivariana.
Fica aqui apenas o registro de que estamos vivendo os estertores das trevas, tenhamos fé, pois a mentira grassa sob formas percentuais em institutos devidamente patrocinados. Peçam votos libertadores em cada momento de vossos dias, pois essa tempestade perfeita tem força para muito mais do que parece.

Que Deus abençoe a todos nós com os ventos da liberdade!

sábado, 18 de outubro de 2014

O Rei é cínico e o povo aplaude!

Não deu para sentir nada diferente assistindo aos debates deste segundo turno presidencial de 2014. Sentimento de desesperança, daqueles de entristecer qualquer otimista de plantão. Mentiras e ataques gratuitos, dissimulando a falta de um programa de governo que demonstraria apenas o oportunismo da atual gestão que pouco fez a favor da estabilidade e do crescimento, molas impulsoras do real combate a pobreza. Temos dois opositores ao modelo de gestão atual, um que se orgulha disso (e nos dá esperanças) e outra que não se envergonha deste fato.
Vale-se de tudo, desde mentiras até uso da "máquina pública" para propaganda. Não importa a verdade, tampouco qual o futuro proposto, mesmo porque seria mentira também. O futuro a nós reservado não é o que a propaganda do governo diz, assim como o presente também não corresponde ao propagado. Enfim, o rei (o dono do poder independe de gênero) toma a tribuna, faz cara de arrogante, arrota lorotas e calúnias no maior cinismo hipnótico e ainda assim recebe aplausos comprados a custa do erário ou do medo.
E no meio disso tudo uma grande parcela do eleitorado sem o menor pudor de demonstrar seu medo optando pela manutenção do descalabro apocalíptico administrativo, mesmo que isso lhe tolha um futuro melhor, apenas porque tem pavor de perder um Estado provedor, mesmo que este seja apenas um paliativo.
Presumindo que muitos estejam vacinados e não estejam acreditando nas mentiras terroristas sobre o candidato do PSDB, isso não garante imunidade a perda de votos, sim ele pode perder votos dos indecisos, mas o principal motor da opção do voto na situação não é a "fábrica de dossiês", pois essa funciona como cortina de fumaça na campanha e apenas toma tempo precioso se debatendo reputações enquanto o verdadeiro terrorismo eleitoral mais baixo toma conta das ruas e lares humildes. Também vou presumir que muitos destes humildes tampouco devem acreditar nas promessas vazias da paradoxal "opositora da situação". Então o que temos para nos esclarecer sobre essa quantidade expressiva de votos que possui o aparelho governista atual, mesmo estando com lama até os ouvidos? Porque estamos preocupados com a possibilidade desta gente imoral se manter no poder?
Depois de ver o áudio onde um comitê gaúcho do PT faz terrorismo com eleitores que recebem o Bolsa Família, ter conhecimento de ameaças de perder o Prouni caso vote no candidato da oposição não fica difícil imaginar o tamanho do terrorismo xulo que está sendo feito junto a classe de emergentes da miséria e principalmente entre os miseráveis. Acredito que existam inúmeros votos, que façam expressivo contingente, que sejam reféns do medo. Dentre cúmplices e reféns, se concentram muitos dos votos daqueles que não fazem parte da militância ideológica, e são realmente a grande massa de eleitores que pretendem a manutenção do que está aí.
Ameaçar eleitores com a perda do benefício é inaceitável, mas num país paralisado pelo medo e pelo compromisso dos militantes infiltrados em todas as instituições da república, fica difícil punir na forma da lei. Não é preciso ir longe, basta ver Joaquim Barbosa lutando como Don Quixote, e apesar do apoio popular, sofreu tanta pressão que se aposentou. Hoje estamos vivendo um paradoxo perigoso, temos excesso de leis, contudo elas não bastam para fazer justiça. Denúncias pipocam todos os dias, inebriando o povo que não consegue levar a termo nenhuma delas. O escândalo do uso político dos correios não bastou para que a candidatura governista sofresse sequer a ameaça de ser impugnada. Em consonância com essa situação, a população não recebeu a informação com a gravidade que merecia. Já escrevi sobre cumplicidade, mas me fixei no eleitorado passivo, contudo ela é forte também numa imprensa amestrada, que robotiza escândalos em nome da "isenção" jornalística. Cunho uma frase: as manchetes em letras garrafais tomam a vanguarda da alienação política e social necessária aos donos do poder. Desgraças e crimes são anunciadas de forma a moldar o sentimento de que isso faz parte do plano comum da vida, são vistas e revistas de modo a entorpecer a consciência. Cirurgicamente estão em meio a manchetes sobre esportes e fofocas, o novo circo romano. Nada contra esportes, adoro uma disputa épica e dramática, mas com certeza isso não domina meu dia a dia como assunto principal. A grande sacada que devemos ter como povo é não se abster de debater política, mas não debater como debatemos esportes com o perfil do meu partido ser melhor que o seu partido. Isso é pura idiotice que nos faz cumprir o papel que nos imputam, imbecis retóricos se aproximando do fanatismo e se apegando a siglas e bandeiras.
Precisamos aprender a debater sobre o que esperamos de nossos políticos, o que desejamos para nossos filhos nas escolas e universidades, o que se espera encontrar no momento que necessitamos recuperar nossa saúde num ambulatório ou num hospital, seja público ou particular, e por fim ter o direito de possuir um automóvel particular circulando em vias de qualidade, sem deixar de ter a oportunidade de utilizar um transporte de massa de boa qualidade, a fim de evitar congestionamentos irritantes e diminuir a poluição das grandes cidades. Mas nada disso interessa, pois a classe média pensa demais, pensa de modo até a irritar Chauí, claro, ela representa o pensamento democraticamente único, se isto é possível.
Para corromper qualquer possibilidade de pensamento liberal entre essa nova "classe média", encontraram uma contabilidade com o propósito de identificar a classe pobre, recém saída da miséria com a classe média tradicional. Falar que um pobre da classe D ou E não é classe média é preconceito! A elite (mas que é classe média) branca (excluíram todas as demais etnias da classe média) não aceita pobre viajando de avião!! Pronto, o politicamente correto entrou em cena. Independente de existir ou não o preconceito entre inúmeros indivíduos, e ele existe entre alguns, mas não em todos, a patrulha do politicamente correto é fomentada a fim de se criar o medo de ser rotulado e criminalizado. Silêncio, somos um grupo heterogêneo que precisa se comportar homogeneamente e pensar como "se deve", não são pobres, são classe média agora, por determinação dos aparelhos de estudos econômicos do governo. Pronto, os humildes ganham uma ascensão social e são incluídos, e ai de quem os excluir.
Mas porque fizeram isso com os pobres? Estão realizando o "sonho brasileiro", um pouco mais humilde e forçado que o o americano, mas fazem crer que o povo saiu da miséria da noite para o dia, e não devido a estabilidade econômica iniciada há 20 anos atrás. Memória curta mesmo. Sabem disso. A prosperidade gerada pela baixa inflação foi anabolizada com a grande oferta de credito. Esse "salto" do poder aquisitivo comoveu os excluídos.
Esse sentimento de conquista fica impresso na mente destes emergentes e são a imensa maioria das famílias brasileiras, das classes D e E, que ainda compõe sua renda entre própria e com ajuda do Bolsa Família (alguém acredita 100% na lisura do cadastro?) ou muito dependente da Bolsa como forma de subsistência. Aí entra o golpe de mestre da alienação e do terrorismo eleitoreiro, o eleitor acabou de deixar a miséria, se sente incluído, mesmo que sob condições reais ainda miseráveis, mas tem muito viva a lembrança dos tempos tenebrosos que a vida de privação lhe impôs, e se assusta com qualquer possibilidade de voltar a estes. Não existe como pedir consciência política a alguém nessa condição, mesmo possuindo senso moral, o desespero assume e torna as escolhas reativas. Esse trabalho é a mola mestra do cinismo e do terrorismo petista.
Já fiz uma critica mais severa aos eleitores que sabem de toda podridão moral deste governo e ainda assim não escolhem escapar desta arapuca populista. Farei também aos que temem perder o pouco que tem, pois lembram-me a passagem da parábola dos talentos, aos que pouco tem lhes será tirado esse pouco, e será dado aos que muito tem, e ainda serão atirados às trevas, onde há choro e ranger de dentes. Nem será preciso fazer a correlação espiritual com a situação material presente. Essa parábola é um conselho de amigo, pare de aceitar a esmola que lhe ofereceram e faça sua parte para que seus "talentos" se multipliquem. Ter a coragem de mudar, mesmo que ainda seja longe do ideal necessário, já é um ato multiplicador.
Combinando esta política apodrecida pelo cinismo criminoso, impune, com a paralisia do medo e da cumplicidade, temos a tempestade moral que vivemos. Políticos presos sendo defendidos como presos políticos no governo de seu próprio partido é o bolo desta festa nefasta onde a cereja seria a tal gerentona da cara azeda, fazendo o diabo, literalmente, para manter o poder.
Sentem-se e assistam os próximos capítulos desta história de horror, onde o rei discursa prometendo o céu para todos mesmo mostrando as fotos do inferno, e ainda é capaz de ganhar muitos aplausos. Enredo possível somente num país tão exótico como o nosso.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Quando o espelho se quebra!

Quando a hipocrisia é tanta que acaba por gerar estupidez! O discurso da nossa gerentona mor da república foi um verdadeiro ato de estupidez moral e política. Na quesito moral, minha crítica não acrescentaria muito, pois ela acabou estripada por grandes pensadores, que mostraram sua faceta mais abominável de ex terrorista de campo, agora terrorista de gabinetes e de propaganda.
Mas no quesito político, ela abriu uma fenda gigante em sua imagem de santa provedora junto aos mais humildes. Por mais cúmplice que seja um eleitor desavisado, ou subletrado, que se permite votar em políticos canalhas em troca de esmolas que lhe aliviem a miséria, ou mesmo que lhe permitam o ócio, ele continua possuidor de uma moral cristã de fundo que lhe garante a redenção social e pessoal. Podem acreditar, mesmo uma pessoa que admita a pequena indulgência de votar em bandidos que lhe assegurem uma subsistência mínima, ela se assegura de manter valores fundamentais de moral cristã quando o assunto envolve uma escolha compartilhada, ou seja, ao perceber que sua provedora bolsista defende fundamentalistas que crucificam, chutam bebês, queimam vivos cristãos mundo afora, sua guarida moral, seu muro de defesa, a justificativa de sua indulgência cai por terra. Defender corruptos no poder, pois que roubam "ricos" (mal sabem que eles mesmos, os humildes, são os mais espoliados), em troca de sua mesada governamental lhes parece lógico, dentro do seu universo pessoal de miséria, fazem valer uma certa síndrome de Robin Hood apoiando este anti herói do planalto. Agora como podem defender o anti herói no momento que ele se enamora de seres abjetos que cometem atrocidades contra os crentes de Cristo?
A brilhante gestora do planalto e sua incrível equipe de marketing cometeram um verdadeiro harakiri moral na ONU. Foi um ato supremo de hipocrisia, temperado pela arrogância. Fingiram ser como o lulinha paz e amor, pregando dialogo com o terror, assim como todo socialista o faz em relação a bandidagem. Acreditam que o crime é causado pela opressão do capital e não pelo desvio de caráter do indivíduo, e nisso se deram muito mal, muito porque o ladrão rouba por motivação econômica (ambição), e isso é claro para os mais humildes, e assim fica mais fácil fazer uma mentira parecer uma verdade, mas no caso dos terroristas islâmicos a motivação opressora do grande satã (EUA) não cola, é crueldade pura mesmo. Genocídio não se parece com roubo a banco, nem assassinato de crianças com latrocínio. Complicado o perdão do criminoso do ISIS por ele ser vítima da tal opressão capitalista.
Mesmo numa descrição mais rebuscada do que a linguagem direta dos subletrados, a diferença entre motivação e caráter fica tão abissal que nem precisamos de um especialista em sociologia ou antropologia para compreender o tamanho do equivoco da gerentona e equipe. Assim arrisco o palpite de que essa hipocrisia entre opressão e falta de caráter foi estupidamente utilizada, mesmo porque somente a arrogância de quem se considera detentor de toda virtude poderia causar tamanho estrago por subestimar o impacto do discurso num povo subjugado, mas ainda cristão.
Quando abraçaram o terrorismo de esquerda para implantar a ditadura comunista no Brasil, muitos militantes sabiam que seus atos matariam inocentes (baixas necessárias) e assim o fizeram pois tinham fé na crença de que inocentes morreriam para o bem de uma causa maior e nobre. Nada mais cínico, pois não existe nobreza na causa comunista/socialista, ou melhor, existe sim, os dirigentes serão a nova nobreza que conduzirão os miseráveis a sua redenção material e social, serão tão pobres quanto as demais classes empobrecidas enquanto a nobreza se locupleta com o poder e suas benesses capitalistas.
Mesmo assim, essa ideia de que todos irão compactuar com essa desculpa, da opressão ser causadora e justificativa para crimes, só funciona entre os idiotas úteis, os incautos rebeldes e até certo ponto entre os demais desavisados. No fundo já existem muitos pais e mães que sabem muito bem que seus filhos entram no crime por vontade própria, ambição, desvio de caráter ou qualquer motivação pessoal.
Porém o espelho que assemelhava os terroristas "oprimidos" comunistas e os seus pares islâmicos assassinos se quebrou numa premissa imbecil, e agora mostra a verdadeira face do monstro que nos governa.
A oposição tem que se fazer ouvir nas praças, ruas e nos rincões do chão de terra sobre isso. Não é terrorismo advertir aos incautos sobre as intenções dos verdadeiros terroristas políticos. Está na hora da coragem de se combater o bom combate e não se omitir numa conversa de campanha apenas bem vestida de propositiva. Do lado terrorista do planalto, o argumento do fantasma da miséria e do desemprego funciona, ele é o gatilho para justificar a indulgência do humilde para com os bandidos (cumplicidade eleitoral) e os terroristas sabem muito bem disto. É preciso fazer crer que nada pode ser mais abjeto do que apoiar os verdadeiros cúmplices dos maiores crimes contra a vida, contra o povo humilde cristão. A oposição pode e deve ser critica e colocar o dedo nessa fenda política, fazendo com que essa ferida sangre muitos votos.
Se acharmos apelativo, lembrem-se que quem realmente faz numero de votos já incorporou a imoralidade socialista depois de décadas de Gramscismo e igreja conivente com teologias oriundas de ideologias humanas de esquerda, ou seja, nada de dar a outra face a tapa, pois serás taxado de cabra frouxo.
E mesmo parecendo ser golpe baixo, lembro que por excesso de cavalheirismo civil ficamos omissos tempo suficiente para que todo plano do Foro de São Paulo fosse implementado debaixo de nossos narizes e chegarmos ao ponto de quase virarmos uma Venezuela bolivariana. Considero um gesto nobre de civilidade mostrar a cara do lobo escondido debaixo da máscara do cordeiro.


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Um olhar estrangeiro e o populismo messiânico
Brasil, um país de tolos